O Centro de Orientação Ambiental Terra Integrada – Núcleo Jureia-Itatins (COATI-JUREIA) é uma ONG (Organização Não Governamental) sócio-ambientalista, sem vínculos partidários e sem fins lucrativos.

O núcleo de atividades do COATI-JUREIA está instalado na RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) de Vila Barra do Una – Peruíbe-SP, porém, 0 escritório administrativo do núcleo está situado em Cananéia/Ilha Comprida, onde ações de preservação de espécies e Educação Ambiental estão sendo desenvolvidas e realizadas em parcerias com os setores governamentais, empresariais, científicos e comunidades locais.

O COATI-JUREIA é um núcleo de atividades do COATI no litoral sul paulista e foi formado em janeiro de 1994, tendo sido declarado como de Utilidade Pública Municipal através da Lei nº 2.038/00, pelo reconhecimento dos trabalhos e projetos com as comunidades tradicionais, fixas e flutuantes em Peruíbe-SP.

Os principais objetivos do COATI-JUREIA são a criação de mecanismos que resultem na sustentabilidade do planeta, aliados à geração de renda às comunidades através da Educação Ambiental Multidisciplinar, com metodologias reconhecidas internacionalmente para todas as faixas etárias. A valorização humana e da cidadania, a promoção e incremento de estudos, pesquisas, propostas, elaboração e implantação de projetos socioambientais em defesa do meio ambiente e preservação das espécies, atuando, além da mobilização popular pacífica para fins específicos de melhoria das condições ambientais e da qualidade de vida.

Cadastrado e participante/membro

Utilidade Pública Municipal – Lei nº 2.038/00

A Estação Ecológica Jureia-Itatins é uma das últimas reservas de Mata Atlântica do Brasil. Criada como Unidade de Conservação em 1987, protege cerca de 80 mil hectares de florestas e ecossistemas associados, como restingas, manguezais, planícies fluviais, praias, vegetação de morros e costões rochosos. Localizada no sul do litoral paulista, entre Peruíbe e Iguape, é considerada um dos cinco últimos santuários ecológicos do mundo, preservando áreas ainda intocadas pela ação humana.

Entre os maciços do Pico do Pogoçá e do Pico de Deus, estende-se uma planície costeira com rios que formam as bacias do Una do Prelado e do Rio Verde. Essa diversidade de ambientes abriga uma rica fauna e flora, com espécies ameaçadas de extinção como antas, onças-pintadas, jaguatiricas, papagaios-de-cara-roxa e bugios, além de inúmeras aves e mamíferos típicos da Mata Atlântica.

A população caiçara vive em harmonia com esse cenário, mantendo tradições e um modo de vida que respeita a natureza. A Praia da Jureia, com sua imensidão de areia branca e o som constante das ondas, completa a paisagem deslumbrante deste verdadeiro paraíso ecológico.

Localizadas no extremo sul do litoral paulista, as Ilhas de Cananeia, do Cardoso e Ilha Comprida fazem parte do Bioma Mata Atlântica, que hoje ocupa apenas 7% de sua área original, correspondendo a cerca de 102 mil km². Antes, o bioma cobria aproximadamente 15% do território brasileiro. A perda de 93% de suas florestas representa um dano irreparável à biodiversidade, e as áreas remanescentes, em sua maioria, estão fragmentadas e empobrecidas em relação à formação original.

A região do Vale do Ribeira destaca-se por abrigar o maior contínuo de Mata Atlântica do país, sendo um dos ecossistemas costeiros mais produtivos do mundo. Cerca de 70% de seu território está coberto pela floresta, e 51% dessa área integra um Mosaico de Unidades de Conservação, que inclui Parques Estaduais, Áreas de Proteção Ambiental e Estações Ecológicas. Reconhecida pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (1993) e Patrimônio Natural da Humanidade (1999), a região é essencial para a preservação da vida silvestre.

A diversidade de espécies é impressionante. O litoral abriga animais marinhos como boto-cinza, tartarugas marinhas, guarás, trinta-réis, fragatas e atobás, além de pinguins e lobos marinhos que visitam a costa no inverno. Nas áreas de mata vivem espécies como onça-parda, jacaré-do-papo-amarelo, bugio, mico-leão-da-cara-preta e papagaio-da-cara-roxa — estes dois últimos endêmicos da região, encontrados apenas em seu habitat natural no Vale do Ribeira.

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