Resgate da Vida Marinha inicia neste semestre

Resgate

Por meio do convênio firmado com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo e parcerias com as Prefeituras Municipais de Ilha Comprida e Cananéia e Instituto Gremar, o núcleo COATI-Juréia adquiriu uma viatura para resgate de animais marinhos. O projeto conta com a adaptação de veículo para captura e transporte dos animais e está previsto para iniciar no primeiro semestre deste ano.

O veículo foi entregue hoje (26/03) para os representantes da entidade no litoral, que serão responsáveis pelo projeto. Em breve está previsto um seminário em Cananéia para apresentar o projeto e a entrega oficial do veículo com a presença de autoridades políticas, empresariais, imprensa e a população em geral.

TartarugaA bióloga do COATI-Juréia, Dany Godoy, informa que anualmente diversos animais são encontrados vivos nas praias que abrangem Iguape, Ilha Comprida, Cananéia e Ilha do Cardoso, litoral sul do Estado de São Paulo, com destaque para pinguins, além de pequenos cetáceos, lobos-marinhos, tartarugas entre outros.

“Por vezes esses animais estão apenas descansando, mas, na maioria dos casos, são encontrados debilitados, doentes e emalhados, necessitando ser encaminhados para um local adequado, onde receberão os cuidados necessários”, explica Dany.

O centro de reabilitação mais próximo da região está no Guarujá, onde se localiza o Instituto Gremar. Para que os animais, depois de uma avaliação de um biólogo ou veterinário, sejam encaminhados para este Centro foi necessária a aquisição de veículo apropriado para minimizar o stress do animal e a alta taxa de mortalidade no transporte.

A equipe do Coati-Juréia que irá trabalhar no projeto Resgate da Vida Marinha estima que a demanda para o resgate e transporte de animais marinhos e silvestres será de aproximadamente 50 animais por ano. Inicialmente a equipe será formada por cinco profissionais, entre biólogos, veterinários, educadores ambientais, além de voluntários.

O grupo também elaborou materiais informativos e educativos referentes às condutas a serem adotadas pela população, além de cartilhas para a conscientização nas escolas. O material começará a ser distribuído ainda neste mês. “A ideia é que o material seja distribuído na alta temporada e em pontos turísticos, além de locais com boa concentração de pessoas”, diz a educadora ambiental Débora Rodrigues.

VeículoEmendas animais / A aquisição do veículo Doblo Cargo foi adquirido por meio de uma emenda parlamentar do então deputado estadual Pedro Bigardi (PCdoB), prefeito eleito de Jundiaí, que conquistou o valor de R$ 60 mil. Esta foi a quarta conquista de Bigardi para entidades que cuidam da preservação ambiental durante o mandato de deputado estadual, num total de R$ 200 mil. Antes do Coati, foram beneficiadas A Associação Mata Ciliar, com R$ 55 mil, a União Internacional Protetora dos Animais (Uipa), com R$ 50 mil e o título de utilidade pública estadual, além do SOS Animais Abandonados, que recebeu R$ 50 mil.

 

 

CrasInstituto Gremar / O projeto Resgate da Vida Marinha conta com a importante parceria com o Instituto Gremar, localizado no Guarujá. A entidade atua em toda a Baixada Santista e com a parceria com o Coati-Juréia as ações se estenderam até o litoral sul.

Segundo a veterinária responsável do Gremar, Mariana Zillio, os principais animais atendidos no CRAM (Centro de Resgate de Animais Marinhos), que se localiza na Ilha de Arvoredos, são as tartarugas marinhas e aves residentes, além de pinguins, no inverno. Segundo ela, o CRAM, que funciona como uma espécie de hospital de animais marinhos, não têm patrocínios e conta apenas com ações voluntárias. O gasto mensal atinge R$ 30 mil.

“Com a parceria com a ONG COATI iremos atingir um grupo de animais que encalham doentes em uma região onde antes não tínhamos folego para resgatar, aumentando nossa área de atuação e podendo dessa maneira ajudar os animais que antes ficavam desprotegidos”, diz Mariana.

 

A Terra está no cheque especial

Leonardo
Leonardo Boff se apresentou no auditório do Unianchieta para centenas de pessoas

As sábias palavras do escritor e teólogo Leonardo Boff foram ouvidas atentamente por centenas de pessoas, a maioria jovens universitários, que compareceram ao auditório do Unianchieta ontem (21/05) durante o seminário que abriu oficialmente o mês do meio ambiente em Jundiaí.

O simpático senhor de cabelos e barbas brancas adepto a teologia da libertação falou interruptamente por cerca de duas horas sobre Sustentabilidade. Criticou empresas que fazem propaganda enganosa utilizando o termo e fez todos refletirem sobre o verdadeiro papel do ser humano na terra: “um satã que caminha para exterminar toda a vida no planeta ou o dom mais precioso que o universo já produziu”.

Para Leonardo Boff o ciclo do capitalismo está saturado e precisa ser substituído por um novo conceito de desenvolvimento para evitar que as previsões apocalípticas não se tornem realidade. “Estamos dentro de uma grande crise de civilização e temos que descobrir outra maneira de desenvolvimento. Acredito que a humanidade está se despertando para um novo conceito, para um novo mundo”, diz.

Boff chama a atenção para o que ele afirma ser “o momento histórico da humanidade para decidir se irá cuidar do planeta ou exterminá-lo”. Segundo ele, os lideres globais devem aderir a Carta da Terra, um documento elaborado durante a Eco92 e que contém conceitos decisivos para o século XXI a serem seguidos.

“A vida está ameaçada, pois ela tem cada vez mais dificuldade de reprodução”. E conclui. “A Terra está no cheque especial, com todos os seus recursos naturais no vermelho. Não podemos forçar esse limite porque se não ela se vinga”.

Declaração Universal dos Direitos da Água

ONU

Proclamada com o objetivo de atingir todos os indivíduos, todos os povos e todas as nações do planeta, a Declaração Universal dos Direitos da Água foi feita para que todos os homens, tendo-a sempre presente no espírito, se esforcem, através da educação e do ensino, para respeitar os direitos e obrigações anunciados. E assumam, com medidas progressivas de ordem nacional e internacional, seu reconhecimento e aplicação efetiva.

01. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade e cada cidadão é plenamente responsável pela água nossa de cada dia;

02. A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial da vida em todo ser vegetal, animal ou humano. Sem água não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano – o direito à vida, tal qual é estipulado no Artigo 30 da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

03. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

04. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e dos seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente, para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

05. A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é sobretudo um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

06. A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: é preciso saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

07. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento, para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

08. A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo o homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

09. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Fonte: ONU (Organização das Nações Unidas)

Prefeito de Indaiatuba é eleito presidente do PCJ

O Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Consórcio PCJ) elegeu na manhã do dia 8 de março, o prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira, o 11º Presidente da história da entidade. Cerca de 30 prefeitos da região das Bacias PCJ estiveram presentes no centro de Convenções Aydil Pinesi Bonachella, em Indaiatuba, para participar das eleições. No total, mais de 200 pessoas presenciaram a reunião.

A região da Aglomeração Urbana de Jundiaí não elegeu nenhum prefeito como representante a diretoria e conselho do Consórcio PCJ, apenas a DAE Jundiaí conseguiu se eleger como empresa.

O Presidente eleito do PCJ reafirmou o compromisso com água de qualidade e em quantidade para o abastecimento. O grande tema a ser conduzido por Nogueira como presidente da entidade serão as discussões em torno da renovação da outorga do Sistema Cantareira, previsto para iniciar ainda neste semestre.

O primeiro ato como presidente do PCJ será descer o rio Jundiaí no Mundial da Água (23/03), percorrendo um trecho de cinco quilômetros em Indaiatuba, em um bote inflável do Corpo de Bombeiros. A saída está marcada para as 9h, em frente à antiga Estação Ferroviária de Itaici.

 

Inscrição para o Conselho de Gestão da Serra segue até dia 27 de março

Até o dia 27 de março está aberto o cadastro para entidades da sociedade civil, proprietários de áreas na Serra do Japi para participação do Conselho de Gestão da Serra do Japi no biênio de 2013/2015. O grupo será formado por 16 pessoas, que deverão ser escolhidas em eleição marcada posteriormente.

Para o diretor de Meio Ambiente, Flávio Gramolelli, a participação da população nas ações que envolvam a Serra do Japi é fundamental. “É importante que haja a ampla discussão de políticas públicas para proteção, preservação e recuperação das áreas. Reagindo aos problemas que surgirem através de alternativas e estratégias para o enfretamento das situações”.

Para participar do processo de composição, os interessados devem entregar formulário preenchido na Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente em horário comercial. Na página é possível encontrar a relação dos documentos necessários para a inscrição.

Entre as atribuições do conselho estão: propor ações para o estabelecimento e aprimoramento contínuo da política ambiental da Serra do Japi; acompanhar as ações da administração municipal, relativas à consolidação da Reserva Biológica Municipal, com a instituição de uma estrutura administrativa adequada, elaboração do plano de manejo, desapropriações, expansão do seu território e recuperação de áreas degradadas; propor e promover o desenvolvimento de estudos; fiscalizar a utilização dos recursos do Fundo Municipal de Conservação da Qualidade Ambiental; apresentar propostas e relatórios.